Caminhava sonolento e desperto
Por aquela calçada de piso desconfiado...
Quando alguém da sua janela disse...
Acorda! Porque já não sonhas...
Olhei e não vi ninguém...
Só eu verdadeiro, sólido, real
Que desespero o foi.........
Levantei a voz ao céu
Procurei com os olhos o infinito
Como se procurasse o mundo
Debaixo dos meus pés...
U
ma luz subiu-me pelo peito
Deixou-me surdo e cego
Roubou-me a minha voz
Para depois a devolver com o amor
Então a vi...
Da sua voz soou o que não percebi
Ou algo que a minha voz o diz...
Tentei calar a voz...
Essa que nascia de tão profunda..
Vertia timidamente, em lágrimas
Da fonte do coração
Nas suas águas, estava o seu reflexo
Apenas sublimado digo.....
Os seus olhos, o seu olhar......
Os seus lábios, que tentei beijar.....
Ao fazê-lo uma lágrima tocou a sua imagem
Como desconfiada de ilusão...
Como, não sei, mas voltei
Caminhei sonolento e desperto
Por aquela calçada de piso desconfiado
Esperando ver alguém na sua janela
Que me diga quem é ela.
Na vida de um Eduardo.
Palavras guardadas
-
▼
2004
(63)
-
▼
julho
(29)
- Alentejo
- Amizade
- Beja
- Cavalgada
- Confusão
- Conta-me histórias......
- Chove
- Diário
- Droga
- Ela
- Enfrente e verso
- Palavras errantes
- Estrela cadente
- Eternidade
- Extremos
- Fugir
- Galileu
- Guerra
- O homem que escreveu a bíblia
- Lanterna Vermelha
- Leito do amor
- Lua
- Missionário
- Momentos
- Lua dos Homens
- Gente sem rumo
- Mulher
- Música
- Ophélia
-
▼
julho
(29)
terça-feira, julho 06, 2004
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário